Trata-se de um resgate humanitário também, pois a literatura, além da arte em si própria, guarda uma função social de resgatar pessoas que estão no esquecimento. Casemiro Martins, o Rei Zulu, é uma pessoa cujo discurso e atitude unem aquele mais humilde ao que está na escala social mais elevada da sociedade. É o retrato da simplicidade, humanidade e pureza de coração, com uma certa ingenuidade”, frisa o autor. O contato do procurador com Casemiro Martins deu-se por intermédio do lutador e professor de artes marciais James Adler, antigo adversário de Zulu. De acordo com o escritor, foi gratificante e desafiante escrever sobre o universo de lutadores e ex-lutadores, o que o obrigou a muita investigação em vídeo, documentos e fontes históricas como registros jornalísticos na Biblioteca Nacional. “Zulu lutou com os grandes das artes marciais. Trilhou um caminho pioneiro antes do UFC e do Pride existirem como espetáculos milionários. Ele foi um desbravador, um corajoso, que enfrentava adversários e adversidades com muita garra e inteligência. Rei Zulu foi um retirante da luta, um nômade, que correu o Brasil (e alguns países do mundo), desbravando e procurando adversários de toda a natureza e sem distinção